A cidade é um dos grandes pontos de concentração de voos das companhias aéreas da região, sendo caminho obrigatório a quem quer viajar de um país ao outro no Sudeste Asiático.
A cidade antiga de Kuala Lumpur
Merdeka Square
A Merdeka Square é o ponto de partida a qualquer um que queira explorar a cidade de Kuala Lumpur em detalhes. Foi nesta praça onde, pela primeira vez, substituíram a bandeira do Reino Unido pela da Malásia (que permanece erguida na mesma haste), num movimento que simbolizou a proclamação da independência da Malásia. Merdeka Square, em malaio, significa Praça da Independência e ainda hoje é o local das manifestações cívicas do país.
A praça em si é um grande espaço gramado que costumava ser usado como campo de críquete do Royal Salangor Club (reflexos do seu passado britânico), que segue funcionando em um de seus lados. Em frente, o Sultan Abdul Samad Building, um belo prédio institucional do governo da Malásia em estilo mourisco, com sua torre do relógio domina uma de suas laterais.
Kuala Lumpur City Gallery
Fechando as laterais da Praça da Independência, ainda tem a Kuala Lumpur City Gallery, um centro de informações turísticas.
A galeria é muito mais que um simples centro de informações, com um enorme museu funcionando em seu interior mostrando toda a evolução urbana da capital da Malásia nos últimos anos. Em exposições que contam com fotos, relatos e recortes antigos de jornais, a galeria chega a apresentar, em projeções de luzes sobre uma enorme maquete, como a cidade ficará em um futuro próximo com e expansão para se tornar um centro de negócios ainda maior do que é hoje. Muito impressionante.
Museu Têxtil
Ainda próximo à praça, antes de encerrar nossa visita por este trecho da cidade, entramos no Museu Têxtil (Muzium Tekstil), que numa exposição simples, apresenta a cultura da Malásia através das roupas típicas dos povos que formaram a região e pode ser uma parada interessante a quem queira se aprofundar no assunto.
É interessante observar as diferentes culturas e a miscigenação de um país como a Malásia através das vestimentas e da maneira de fabricar seus trajes. E essa miscigenação malaia é de longe, o que o país apresenta de mais fascinante.
A moderna capital da Malásia
As Torres Petronas
Como contraponto à cidade antiga, as Torres Petronas simbolizam uma nova Kuala Lumpur e elas talvez sejam o grande motivo que traga turistas à capital da Malásia.
Bukit Bintang
Proximo às Torres Petronas fica a região do Bukit Bintang, um enorme bairro lotado de grandes shoppings centers e centros comerciais, que também concentra boa parte dos bares e restaurantes internacionais de Kuala Lumpur, ao redor da Rua Alor (Jalan Alor).
Bukit Bintang é muito bem servido pelos sistemas de transporte público de Kuala Lumpur e é uma ótima escolha de onde se hospedar na cidade, além de ser opção para todo fim de noite a quem procura comer e beber bem durante a passagem pela capital da Malásia.
Chinatown (Jalan Petaling)
A Chinatown era o centro da cidade antes da onda de modernidade invadir Kuala Lumpur há algumas décadas atrás.
Uma área cheia de barracas de rua vendendo de tudo a preços acessíveis (mas qualidade muito duvidosa), que vale uma visita rápida. Caso decida comprar alguma coisa, pechinche sempre, eles esperam que você faça isso. E acredite, você pode passar horas negociando com o vendedor, então pense duas vezes antes de tentar comprar alguma coisa, pode matar parte do seu dia.
A cultura malaia
A mistura de culturas no país cria uma culinária inesquecível, com pratos chineses, indianos, britânicos e árabes, tudo misturado. Ao visitar Kuala Lumpur, não deixe de provar o maravilhoso Nasi Lemak, o prato típico do país. Se puder, procure centros gastronômicos fora dos shopping centers, você irá se surpreender.
Além disso, o povo malaio é um dos mais simpáticos do mundo. Todos querem te ajudar, todos querem saber da sua história. E o mais curioso é a maneira como eles se comunicam. Devido à tanta miscigenação, no dia a dia as pessoas misturam chinês com inglês com hindu naturalmente, e todos se entendem!
O islamismo na Malásia
O islamismo é a religião oficial da Malásia conforme consta em sua constituição. E isto é um grande diferencial que o país tem em relação aos seus vizinhos próximos, tornando a religião um grande atrativo na visita à Malásia.
Museu de Arte Islâmica
O Museu de Arte Islâmica é um dos mais completos no mundo sobre o assunto. Fica em um enorme prédio que apresenta exposições de versões antiquíssimas do Alcorão, roupas típicas islâmicas de variadas cerimônias, tapeçarias, joias, e ainda possui um enorme acervo sobre a arquitetura de mesquitas e cidades islâmicas espalhadas pelo mundo.
Sem contar com a arquitetura do próprio prédio, repleto de cúpulas belíssimas, jardins no melhor estilo islâmico e salões enormes.
Mesquita Nacional da Malásia (Masjid Negara)
Do outro lado da rua, a Mesquita Nacional da Malásia mostra na prática como é a relação da sociedade malaia com a religião.
Como o local é utilizado regularmente pela população muçulmana, os horários liberados para as visitas dos turistas são bem restritos, variam de acordo com os dias da semana, e o acesso só é liberado depois que você estiver devidamente paramentado com a vestimenta própria, que eles mesmos emprestam. Só a preparação para entrar já é bastante interessante e válida como experiência antropológica, pois será uma das poucas vezes que o turista irá usar véus e túnicas para visitar um espaço.
Lá dentro, como qualquer espaço religioso em uso, não há exposições, mas sempre aparecerá alguém querendo dar explicações a quem se mostre interessado em conhecer a religião e a arquitetura do local. E a visita é interessante justamente por dar a chance ao turista de observar a população local utilizando o espaço em seu dia a dia e interagir com eles.
O pátio em que é possível visitar é fantástico, com inúmeras colunas criando um lindo cenário para fotos. Já o interior não pode ser visitado, a menos que o turista seja muçulmano.
O hinduísmo na Malásia
Como se não fosse pouco o contraste, num país onde o islamismo é a religião oficial, ainda é possível visitar o maior centro religioso hindu fora da Índia.
Batu Caves
A 30 minutos de trem do centro de Kuala Lumpur, as Batu Caves são um conjunto de cavernas ou grutas que servem como local para diversos templos hindus, formando um enorme conjunto que parece te levar direto à Índia sem ter saído da Malásia.
A visita, considerada um dos maiores pontos turísticos de Kuala Lumpur, termina após a subida de 262 degraus de uma escadaria (aproximadamente 17 andares), rodeada de macacos à espreita de turistas descuidados, para a visita à caverna principal.
Quantos dias ficar em Kuala Lumpur?
A capital da Malásia serve, para muitos, apenas como ponto de ligação no roteiro e realmente não são necessários muitos dias para conhecê-la por completo. É provável que em dois ou três dias já seja possível explorar todos os pontos listados acima, mas uns dias a mais nunca serão excessivos numa cidade tão grande e cosmopolita.
Viajar devagar ainda dará a liberdade necessária para explorar outros cantos de Kuala Lumpur sem a obrigação de “ter o que fazer” e aproveitar ainda mais a maior atração turística da Malásia: a hospitalidade de seu povo.
FONTE: Vida Cigana
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